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Chaplin e Orquestra de Câmara Sesiminas encantam o público na abertura da MAX

23 de agosto de 2017

Evento é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Codemig, pelo Sebrae Minas e pela Fiemg; primeira noite teve cine-concerto e conversa com o artista Cao Guimarães 

36606291111_8b916d86eb_z Quando soaram os primeiros acordes da Orquestra de Câmara Sesiminas, fazia 18 graus no centro de Belo Horizonte. O cinema a céu aberto montado em plena Praça da Estação estava lotado, com um público de 1 mil pessoas, ansiosas para ver “O Garoto”, de Charlie Chaplin. O Cine-Concerto com um dos maiores clássicos da história do cinema mundial, acompanhado de música ao vivo, abriu com chave de ouro a MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo, na noite desta terça-feira, 22/8. Realizada pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) e pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi-MG), a MAX 2017 vai até sábado, 26/8, em Belo Horizonte, reunindo salão de negócios, exibição de filmes e atividades de capacitação.

Uma das maiores iniciativas públicas de fomento ao setor do País chega ampliada à sua segunda edição em 2017. Serão 50 painéis de capacitação e centenas de encontros de negócios envolvendo toda a cadeia produtiva de cinema, televisão, internet e games, que acontecem na Serraria Souza Pinto, de quarta a sexta-feira. Neste ano, a MAX ainda ampliou sua teia e ocupou a Praça da Estação com o Cine-Concerto, promovendo todos os dias a exibição de filmes que marcaram época, e o Museu de Artes Ofício, com duas exposições.

36698662206_a7ce9b1ffd_z“Esta é a primeira vez que a orquestra acompanha ao vivo um filme sendo exibido”, afirma Felipe Magalhães, maestro assistente da Orquestra de Câmara do Sesiminas, sobre o Cine-Concerto. Ele conta que assistiu a “O Garoto” mais de dez vezes para recriar uma trilha sonora para o clássico de Chaplin. “Resolvemos fazer algo mais desafiador do que tocar a trilha original. Escolhemos as músicas em função de cada cena”, diz. Os ajustes, segundo ele, aconteceram até no último ensaio, momentos antes de subirem ao palco.

Valeu a pena. Ao final, os aplausos de pé da plateia foram a prova da perfeita sintonia entre a Orquestra e o clássico de Chaplin.

Exposições

Nesta terça-feira, 22/8, também foram abertas as duas exposições que fazem parte da MAX, no Museu de Artes e Ofícios. Com curadoria de Rodrigo Moura, “Um atrapalho no trabalho (apud Paulo Leminski)” convida artistas para apresentar suas obras em vídeo. A cada 15 dias, até novembro, novas obras serão incorporadas à exposição, com a realização de encontros entre o público, o curador e o artista. A inauguração aconteceu com Cao Guimarães.

“Eu fiquei muito feliz com o convite. Minha obra está numa parte do Museu pouco visitada, e ela fazer parte da MAX é interessante, porque chama público para o Museu”, afirma o artista. A nova obra é um vídeo que mostra um pintor de parede carregando um teto móvel que o protege da chuva e do sol. O trabalho é uma continuidade da conhecida obra de Cao, “Gambiarras”, que revela sua pesquisa sobre engenhocas criadas pelas pessoas para resolver situações da vida cotidiana.

Patrícia Leite, Paulo Nazareth e Thiago Honório são os próximos convidados de “Um atrapalho no trabalho (apud Paulo Leminski)”.

Outra exposição, também aberta no dia 22/8, é a “Ofícios da Animação”, em que animadores convidados vão produzir ao vivo, em um estúdio montado dentro do Museu, trechos de animações em diferentes técnicas. O público terá a oportunidade de conhecer o processo de criação artesanal que transforma horas de trabalho em apenas alguns segundos nas telas de cinema.

Com a curadoria de Daniel Herthel e Letícia Weiduschadt, a exposição “Ofícios da Animação” traz, além da oportunidade de conversar com os artistas sobre o trabalho, um cenário montado como um gabinete de curiosidades, em que peças belas, ferramentas curiosas e máquinas óticas revelam um pouco dessa arte, que completa 100 anos no Brasil.

Prodam: política estadual em prol da cultura

Lançado em maio de 2016, o Programa de Desenvolvimento do Audiovisual Mineiro (Prodam) tem o objetivo de viabilizar políticas públicas para o audiovisual por meio de parcerias entre órgãos e entidades da administração pública direta e indireta de Minas Gerais, municípios e União, além de instituições privadas. O Prodam vem direcionando recursos para o segmento audiovisual mineiro, distribuídos em editais destinados a roteiros, produção e finalização de longas-metragens para cinema e séries para televisão, além de mostras de cinema e cineclubes, entre outros.

Para estimular todos os ângulos de ação do segmento, o Prodam unifica, no campo do audiovisual, além de instituições privadas, as secretarias de Estado de Cultura, de Educação e de Turismo. Entre as entidades da administração pública indireta, participam das discussões as fundações de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Clóvis Salgado e a TV Minas Cultural e Educativa – Rede Minas, as companhias Energética de Minas Gerais (Cemig) e de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a Rádio Inconfidência, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) e a Imprensa Oficial de Minas Gerais.

Minas de Todas as Artes

O fomento da Codemig ao audiovisual integra o Minas de Todas as Artes – Programa Codemig de Incentivo à Indústria Criativa, lançado em agosto de 2015. A iniciativa inédita e estratégica busca fomentar o desenvolvimento de novos negócios que gerem empregos, renda e riquezas para o Estado. Até o fim de 2018, serão investidos mais de R$ 50 milhões em editais de fomento e fortalecimento, com iniciativas de valorização de setores como gastronomia, audiovisual, design, moda, música e novas mídias.